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Por Redação | 02 de Mar de 2018, 20h47
Hospital de Socorro ganhou muito com gestão Dora Varjão, mas ela repassa comando
Enfermeira obstetra de formação, com 30 anos de profissão e 20 deles dedicados à gestão de serviços públicos de saúde
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Hospital de Socorro ganhou muito com gestão Dora Varjão, mas ela repassa comando

Dora Varjão e Oldegar Alves Júnior: a vida segue e apoio à transição

Na tarde desta sexta-feira, 2 de março, a enfermeira Maria Auciliadora Varjão Lima repassou a Superintendência do Hospital Regional Nossa Senhora do Socorro para o também enfermeiro Oldegar Alves Júnior, a quem vai ajudar até a próxima semana no processo de transição.
 
Enfermeira obstetra de formação, com 30 anos de profissão e 20 deles dedicados à gestão de serviços públicos de saúde, Dora Varjão, como é mais conhecida, é funcionária pública estadual e federal concursada e assumiu o Hospital de Socorro no mês de abril de 2017, atendendo a um chamamento específico do secretário de Saúde José Almeida Lima.
 
A lotação de origem de Dora Varjão na Secretaria de Estado da Saúde é na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes - MNSL -, onde respondeu por um longo período pela Coordenação do Pronto Socorro. Na MNSL, juntamente com Carline Rabelo e Luis Eduardo Correa, ex-superintendente da Maternidade, Varjão implantou e organizou o Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual e ajudou a fazer dele uma referência no Estado de Sergipe.
 
Dora Varjão é reconhecida como uma profissional de saúde sempre envolvida com a assistência ao atendimento às gestantes de alto risco, focada e preocupada com melhoramentos na Rede Materna do Estado e rigorosamente técnica em tudo o que faz, visando sempre atender às pessoas que dependem da saúde pública nas diversas áreas e não apenas na materna.
 
Em quase um ano de Hospital de Socorro, ela deixou sua marca com a implantação de procedimentos e rotinas que ganharam elogios em toda a Secretaria de Estado da Saúde e em outras unidades do sistema. Isso vem certificado na voz das pessoas que com ela compartilharam este período, como nestes depoimentos dos médicos obstetras Marlon Gaspar e Virgínia Knupp Gaspar.
 
“Nós marcamos a vida com os nossos atributos mais gritantes. De Dora Varjão, eu listaria três características: é trabalhadora, honesta e barulhenta. Ninguém, durante a gestão de Varjão, pode negar a sua abnegação em nome do bom funcionamento do Hospital de Socorro”, disseram Marlon e Virgínia, em nota a ela enviada. “Varjão dava o exemplo, saindo da unidade tarde, por vezes à noite, para fiscalizar todo o funcionamento e as carências do serviço. Conhecia as deficiências, das quais cansei de vê-la notificar instâncias superiores para correção”, completam Marlon e Virgínia.
 
“Dora Varjão é uma mulher da madruga, que logo cedo (4h ou 5h da manhã) manifesta as suas metas e anseios nos grupos de WhatsApp por não se conter em apenas melhorar o seu ambiente de trabalho, mas a qualidade do serviço prestado à população. Ela nunca negou a qualquer um da Obstetrícia a atenção nos momentos complicados de transferências e por vezes baixou ao hospital nos fins de semana na tentativa de ajudar, demonstrando assim o zelo pelos profissionais envolvidos nas intercorrências do plantão. Priorizou a qualidade do atendimento às gestantes como meta, sempre com os olhos nos critérios da Organização Mundial de Saúde para introduzir as boas práticas humanizadas de difícil assimilação para alguns que já militam na arte de partejar há muito tempo. O trabalho dela marcou esse período”, reforçam Marlon Gaspar e Virgínia Knupp.
 
A própria Dora Varjão reconhece os avanços neste menos de ano em que esteve no comando do Hospital de Socorro. “Ao longo desse período, desenvolvemos um trabalho sério, ético, presente e responsável. Não tenho dúvidas de que tornamos o Hospital muito mais funcional e operacionalmente mais útil para a população por nós assistida”, diz a ex-superintendente. E partilha este sentimento com quem lhe ajudou a torná-lo real. “Tudo isso só foi possível graças a vocês que acreditaram e abraçaram a proposta por nós apresentada. Agradeço a todos pelo apoio, empenho e colaboração”, disse.
 
A eficácia da gestão de Varjão no Hospital do Socorro foi bem além da obstetrícia. Com foco centrado no paciente e garantias de assistência segura, a gestão dela estruturou o eixo crítico da Urgência, definiu leitos de observação para sexo feminino e masculino adultos, montou isolamento no Pronto Socorro, criou sala de estabilização infantil, com dois leitos, dando maior segurança ao atendimento pediátrico.
 
Equipou e melhorou a Sala de Estabilização Adulto para atender aos pacientes de maior gravidade, regularizou climatização no eixo crítico tornando o ambiente mais confortável e salutar, acomodou adequadamente funcionários que estavam desalojados, desmotivados e insatisfeito e fez gestão colegiada. “A vida segue, e eu desejo todo sucesso possível aos novos gestores. Desejo muito mais à comunidade que necessita dos serviços do Hospital Regional de Socorro, e que foi sempre o nosso foco, a nossa meta e o nossa atribuição”, diz a ex-superintendente Dora Varjão.

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