TENSÃO NA PM
Por FAN F1 | 30 de Jan de 2018, 11h20
\"Quem ocupa cargos na cúpula da PM são os parentes do comandante\", diz advogado
Advogado do coronel Gravatá vai pedir afastamento do comandante geral da PM
Compartilhar
\"Quem ocupa cargos na cúpula da PM são os parentes do comandante\", diz advogado

O coronel Bené Oliveira Gravatá, anunciou à imprensa na semana passada, que estaria acorrendo uma fraude no abastecimento de veículos da PM

Nesta terça-feira, 30, o caso do suposto desvio de combustível dentro da Polícia Militar de Sergipe, ganhou mais um desdobramento. Agora o ex-corregedor da PM, coronel Gravatá disse que vai pedir o afastamento do comandante geral da corporação, coronel Marcony Cabral. A informação foi passada pelo advogado de Gravatá, Willames Sérgio, durante entrevista ao Jornal da Fan na manhã desta terça-feira, 30.

O coronel Bené Oliveira Gravatá, anunciou à imprensa na semana passada, que estaria acorrendo uma fraude no abastecimento de veículos da PM. Segundo ele, um sargento tinha acesso aos cartões de abastecimentos. E passava secretamente para uma frentista substituir os abastecimentos feitos por particulares, pagos em dinheiro. De acordo com o coronel, os dois fizeram abastecimentos fraudulentos e desviaram o dinheiro”, informou.

O advogado do coronel Gravatá, informou que irá procurar a Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE), para acompanhar o caso. “É preciso que outras pessoas sejam afastadas. Quem participou da fraude e quem não percebeu a fraude tem responsabilidade sobre isso também. A polícia é feita de homens capacitados. Ali é uma instituição pública mas só quem ocupa cargos na cúpula são os parentes do comandante o que o coloca em situação de parcialidade. O comandante do policiamento da capital é seu irmão, o coronel responsável pela 4ª sessão do Estado Maior é seu primo e agora quem assumiu a corregedoria foi seu cunhado”, lamentou.

O coronel Gravatá foi afastado das suas funções na corporação. O promotor da Promotoria militar de Sergipe, João Rodrigues, criticou a postura do coronel Gravatá, mas disse que não é possível afirmar que seu afastamento, tenha relação com a denúncia feita pelo coronel. “Este é um caso que exige bastante responsabilidade. O coronel sabe, que o direito penal militar tem especificidades próprias. O que ele fez é muito perigoso. Anunciou na imprensa um caso grave, disse nomes, mas é preciso provas, para fazer isso”, afirmou, mesmo reconhecendo que há indícios de desvio.

O vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, disse que não vai compactuar com qualquer tipo de crime. Segundo Belivado se após as investigações, for concluído que houve realmente a fraude, os culpados serão punidos.

Deixe seu Comentário

*Campos obrigatórios.