Ronildo Almeida: momento de iniciar um processo respeitoso de negociação
Os trabalhadores e as trabalhadoras do comércio e serviços unificaram a pauta de reivindicação e iniciaram a campanha para fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2021. O documento final, construído e aprovado pela categoria, foi entregue ao setor patronal em dezembro passado.
Como até o momento não houve nenhuma resposta do empresariado, a Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe - Fecomse - e os sindicatos filiados solicitaram a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Sergipe, para que seja agendada uma reunião entre as entidades representativas dos trabalhadores e do patronato.
É o que explica Ronildo Almeida, presidente da Fecomse, que destaca a necessidade de que se inicie de imediato o processo de negociação, diante das inseguranças e das perdas econômicas e sociais dos trabalhadores nestes últimos anos, especialmente no ano da pandemia do coronavírus.
“Os trabalhadores e trabalhadoras dão a sua contribuição, o seu suor, convivem diariamente com o medo ocasionado pela pandemia, mas estão lá, cumprindo o seu papel social, contribuindo para manutenção de todos os serviços, sustentando com a sua força de trabalho a economia. É o momento de iniciarmos um processo respeitoso de negociação, atentando para a grave crise sanitária enfrentada pelos trabalhadores do Brasil e de Sergipe”, argumenta Almeida.
“Cabe aos patrões entenderem esse processo, cumprirem a sua parte e avançarem nas negociações das convenções coletivas, zerando suas dívidas financeiras e sociais com a categoria”, reforça Ronildo Almeida.
PAUTA
Entre as reivindicações dos trabalhadores estão manutenção de todas as cláusulas do acordo coletivo vigente; reajuste 100% pelo INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor - mais ganho real; PPL - Programa de Participação nos Lucros - e PPLR - Programa de Participação nos Lucros e Resultados - discutidos democraticamente com os trabalhadores.
Há, ainda, ticket alimentação para todos os empregados, plano de saúde, redução da jornada de trabalho sem redução do salário e não ao banco de horas, entre outras cláusulas sociais.
Fonte e foto: Fecomse