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Por Rede Alese | 26 de Nov de 2019, 18h02
Zezinho Guimarães diz que medidas populistas “quebraram” a Previdência em Sergipe
Parlamentar se posiciona contra possível retirada de projetos relacionados à Educação de pauta da Assembleia Legislativa
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Zezinho Guimarães diz que medidas populistas “quebraram” a Previdência em Sergipe

O deputado estadual Zezinho Guimarães (MDB) se posicionou contra a possível retirada de projetos relacionados à Educação das próximas pautas de votação da Assembleia Legislativa. Segundo o parlamentar o problema está na liberação de “incorporações indevidas” nos últimos anos.

Segundo Zezinho ele é contra a retirada dos projetos da pauta de votação por entender que quando as propostas chegam à Alese o governo do Estado já fez todas as ponderações. “Quem tá administrando tem a capacidade de analisar tudo do ponto de vista da economia e da política. Eu ainda não fiz a análise devida, mas farei nos próximos dias”.

O deputado explicou ainda que o governo do Estado já apresentou uma emenda para preservar o triênio do Magistério. “Não sei sobre os outros direitos, mas quero deixar no ar também a política irresponsável que nos leva a algumas situações vexatórias. Se você observar, ao longo do tempo, algumas incorporações indevidas só aumentaram o problema da nossa Previdência Estadual. Por isso que as finanças do Estado estão hoje desse jeito. São medidas populistas que geralmente não olham para a Previdência que agora está quebrada”.

Zezinho Sobral

O líder do governo na Casa, deputado Zezinho Sobral (PODE) explicou aos representantes do Magistério que lotaram as galerias de que havia dito que os projetos da Educação não tinham sido lidos no expediente ainda. “Na realidade eles foram lidos, as emendas que chegaram é que não foram ainda. Mas todos nós estamos atentos aqui, vamos apreciar da forma correta e ninguém quer afrontar a Constituição, retirando direitos dos trabalhadores”.

Em seguida, Sobral pontuou que os projetos serão apreciados e votados pelos deputados estaduais. “O que eu posso assegurar é que haverá a tramitação normal desses projetos aqui na Casa. E espero que os professores entendam que o objetivo é melhorar a qualidade da Educação”.

Georgeo Passos

O deputado Georgeo Passos (Cidadania), líder da bancada de oposição, anunciou que, assim como fora feito pela colega e deputada Kitty Lima (Cidadania) no dia anterior, além dos colegas deputados Samuel Carvalho (Cidadania) e Rodrigo Valadares (PTB), se fechou questão contra os dois projetos relacionados à Educação.

“Se não tiver uma alteração proposta pelos professores, nós quatro que compomos o G4 vamos votar contra esses dois projetos. Não adianta a gente fazer essa homenagem aos professores hoje (Medalha do Mérito Educacional Manoel José Bomfim) e amanhã ser aprovado um projeto que retira direitos da categoria”, colocou Georgeo, defendendo o diálogo mais amplo e que os alunos não sejam prejudicados.

Samuel Carvalho

“Todas as categorias são importantes, mas a profissão das profissões é o Magistério. Graças a eles nós estamos aqui hoje. Meu respeito e minha admiração a todos vocês”, disse Samuel Carvalho, assumindo o compromisso de defender os interesses da categoria.

Maria Mendonça

A deputada estadual Maria Mendonça (PSDB) ressaltou que, ao longo dos anos, os professores construíram com muito sacrifício um plano de carreira e um estatuto para a categoria. “São os professores que formam os futuros profissionais do Estado de Sergipe. Nós não podemos nos omitir sobre esses dois projetos que chegaram e retiram direitos dessa categoria que é imprescindível”, disse, defendendo a formação de uma Comissão para tentar negociar com o governo.

Rodrigo Valadares

O deputado estadual Rodrigo Valadares (PTB) disse que o governo do Estado é “cara de pau” em querer transferir para os professores a responsabilidade pela crise financeira. “E isso ao mesmo tempo em que esse governador não abre mão de suas gordas aposentadorias e do seu gordo salário. Eu e o G4 votaremos contra esses projetos de lei do Executivo”.

Iran Barbosa

O deputado estadual Iran Barbosa (PT) reclamou do tratamento que o governo tem dispensado com a categoria. “Não se trata apenas dos projetos, mas de um conjunto de medidas que repercutem diretamente na vida dos professores, que retiram direitos, dificultam acesso à aposentadoria e revogam direitos conquistados desde a década de 70, referenciados desde a década de 90 e reconhecidos por esta Casa”.

O petista lembrou que Sergipe foi exemplo e abriu caminhos para que o resto do País acompanhasse as conquistas do Magistério. “Não houve diálogo prévio e o governador havia garantido que não faria isso, mas está fazendo o contrário e fomos surpreendidos. Isso demonstra um perfil autoritário! Educação está sendo um espaço em que ele não prioriza, diferente do que disse em seu discurso de posse”, criticou.

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