Eletrobras: plano é vender
LEILA COIMBRA
21.ago.2017 (segunda-feira) - 18h34
atualizado: 22.ago.2017 (terça-feira) - 7h07
O Ministério das Minas e Energia anunciou nesta 2ª feira (21.ago.2017) a maior privatização até agora do governo de Michel Temer. O controle da Eletrobras será passado para a iniciativa privada numa operação na qual o Planalto espera arrecadar até R$ 20 bilhões.
O fato relevante sobre a venda foi divulgado na noite desta 2ª feira (21.agosto), após o fechamento do mercado de ações.
Diferentemente do que estava previsto, a empresa será vendida na sua totalidade. O plano anterior do governo era vender separadamente as áreas de geração, transmissão e distribuição.
Mas depois verificar a falta de atratividade dos investidores pelas distribuidoras, decidiu-se vender a Eletrobras como único ativo, inclusive suas subsidiárias, no mesmo pacote.
A privatização será muito semelhante ao processo pelo qual passou em 1994 a Embraer, fabricante de aviões que era uma estatal federal e hoje é uma próspera empresa da iniciativa privada.
Em vez de leiloar o controle da Eletrobras, o governo fará uma emissão primária de ações, pois ajuda no cálculo que melhora as contas públicas. Os papéis serão ofertados para a iniciativa privada. O governo embolsará o dinheiro (cerca de R$ 20 bilhões) e terá sua participação reduzida de 63% para 47% do capital da empresa. Esse processo deve ser concluído em aproximadamente 200 dias.